Dian Fossey


No Dia Internacional da Mulher, uma homenagem a uma das mais corajosas defensoras da vida selvagem!

De tempos em tempos, surge alguém capaz de reavivar a nossa esperança de que a humanidade um dia perceba que características como a amizade, a alegria, a dor e o sofrimento não são exclusivas do ser humano. E talvez neste dia estenda sua solidariedade e compaixão a outras espécies, sobretudo aos nossos parentes mais próximos.

Dian Fossey nasceu na Califórnia, em 1932, e desde criança demonstrou seu apreço pela vida animal. Começou sua carreira profissional trabalhando com crianças hospitalizadas (ela era terapeuta ocupacional) e amazona profissional (praticava hipismo), mas em 1963 fez uma viagem de sete semanas à África, onde encantou-se com os gorilas-das-montanhas e resolveu dedicar sua vida a estudar estes enormes primatas.

Influenciada pelos estudos da primatologista Jane Goodall, aprendeu o idioma Swahili e passou a estudar os gorilas em seu meio ambiente, no Zaire (em meio a uma violenta guerra civil) e em Ruanda, onde fundou o Karisoke Research Center, em 1967.

Fossey costumava observar os gorilas em seu habitat natural, ficando horas pacientemente imóvel, enquanto estes acostumavam-se com sua presença. Com o passar do tempo, passaram a confiar tanto na pesquisadora que ela podia sentar-se entre os animais e até mesmo brincar com eles. Conheceu-os intimamente e deu-lhes nomes, afeiçoando-se sobretudo a um enorme macho, que chamou de Digit.

Tornou-se uma aguerrida batalhadora pelos direitos dos animais e da fauna africana, participando de projetos contra exploração animal e enfrentando caçadores que matavam os animais para cortar-lhes as mãos e as cabeças, com o objetivo de fabricar cinzeiros.

Em 1977, Digit foi morto por estes caçadores, motivando ainda mais Fossey a batalhar contra esta crueldade. Ela então criou o Digit Fund, arrecadando fundos para financiar patrulhas anti-caça.

Em 1980, obteve um doutorado em zoologia pela Universidade de Cambridge, e durante dois anos foi professora na Universidade de Cornell em Nova Iorque, onde escreveu o best-seller “Gorillas in the Mist“, que posteriormente originou o filme “Nas Montanhas dos Gorilas“. Então, retornou à África para continuar sua pesquisa e trabalho de campo.

Infelizmente, sua luta arregimentou um grande número de inimigos, entre caçadores ilegais e membros corruptos do exército de Ruanda. Em 1985, enquanto estava em sua cabana (provavelmente dormindo), Fossey foi covardemente assassinada a golpes de facão. Suspeita-se até hoje que o assassino, não identificado, fosse um caçador de gorilas.

Mas seu legado mantém-se até hoje, através de várias organizações e sociedades dedicadas a salvar os gorila-das-montanhas da extinção. Graças ao trabalho de Fossey, que teria completado 85 anos se estivesse viva, o risco que estes animais correm hoje é conhecido pelo mundo. O governo ruandês e várias organizações de conservação internacionais, incluindo o ‘The Dian Fossey Gorilla Fund International‘, continuam a sua luta.

Dian Fossey foi sepultada na África, em plena selva, ao lado de seu velho companheiro Digit.


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