Jane e Flint


Jane Goodall e Flint, fotografados na Tanzânia em 1964, pelo fotógrafo Hugo Van Lawick (da National Geographic).

Flint vivia com sua mãe, Flo, no Gombe National Park (Tanzânia). Flo era uma curiosa chimpanzé que nos idos de 1962 foi uma das primeiras a se aproximar do acampamento que a equipe de Goodall havia montado para estudar estes primatas. Ela tinha uma posição elevada na hierarquia dos chimpanzés daquela região, e teve pelo menos cinco filhos conhecidos (Flint era o terceiro). Era uma mãe amável e carinhosa, mas já tinha uma idade avançada quando Flint nasceu.

Infelizmente, Flint nunca desmamou completamente, tendo um comportamento muito dependente da sua mãe, a ponto de reagir violentamente com ciúmes quando sua irmã mais jovem, Flame, nasceu. Quando Flo morreu, em 1972, o jovem chimpanzé entrou num profundo estado de depressão, tornando-se apático e deixando de se alimentar  e interagir com outros chimpanzés. Ele morreu cerca de um mês depois de sua mãe, aos oito anos e meio de idade.

Jane Goodall mais tarde explicou, de forma simplificada e sem usar jargões científicos, que Flint havia morrido de tristeza.

Esse caso trágico, que acabou se tornando importante para a pesquisa da Dra. Goodall no que se refere ao comportamento dos chimpanzés, é uma evidência contundente de que o amor (e o consequente sofrimento por ele) não é exclusividade humana.


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