PAPO DE PRIMATA responde: neurônios


“- É verdade que já nascemos com todos os neurônios formados e que não são produzidos mais deles pelo resto da vida?”
– Cintia Nogueira

Não. Segundo Rodolfo Martinez Iglesias, PhD em neurociência, professor e cientista no Albert Einstein College of Medicine (NY), o número de neurônios que nós temos não é fixo e, da mesma forma que a inatividade pode fazer com que alguns deles venham a entrar em processo apoptótico (morte celular), novas células neuronais podem surgir, caso sejam necessárias.

“A partir do final do século passado, com o desenvolvimento de técnicas de marcadores biomoleculares, conseguimos fazer observações incríveis nos tecidos que compõe nosso córtex cerebral.”, explica Martinez. “Não só identificamos a plasticidade neuronal, no sentido de que neurônios aumentam de tamanho, diminuem, fazem novas ligações e muitas outras coisas, como também pudemos identificar a presença de grande número de neuroblastomas no cérebro. Neuroblastomas são células que possuem a capacidade de se diferenciar em células presentes no tecido neural, como gliócitos e neurônios. Dependendo do estímulo ou situação, os neuroblastomas podem começar a se diferenciar para ‘arrumar’ o tecido neural.”

Ele observa ainda que, infelizmente, isso não significa que o circuito danificado manterá as mesmas informações nos neurônios surgidos, uma vez que o circuito guardava uma experiência. Entretanto, as novas células podem ser utilizadas para comunicar circuitos que haviam perdido a comunicação ou mesmo para armazenar novos aprendizados.

 


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